As pessoas naturalmente querem acreditar em alguma coisa, isso acontece assim por um motivo muito simples, somos seres transcendentais, na maioria das vezes o pensamento quer criar asas, quer voar, conhecer e ser conhecido, não é um acontecimento que fica bem ao permanecer sempre preso, “guardado”, o ser humano “precisa” acreditar em algo que seja maior, que seja superior, que esteja além de si mesmo, mas por outro lado, tudo fica bem complicado em termos de não sermos seres capazes de garantir que não haja confusão de ideias quanto ao tema, nem de maneira espontânea, tampouco de maneira intencional (na verdade não faz muita diferença), diante da importância do tema, na vida prática a confusão tem se mostrado maior do que deveria ou poderia ser considerado como aceitável, pois a “filosofia” materialista tem nos roubado a essência e tem nos tirado do caminho do bem real, do bem verdadeiro. Os progressistas são os seus maiores representantes, e eles gostam de se sentir importantes manipulando as demais pessoas, pois acreditam na própria divindade (acreditam em si mesmos como sendo seres superiores, nada poderia ser mais demoníaco!). Eles negam existir nos outros (que não são progressistas), a capacidade de governar a si mesmos, pois assim, agindo e acreditando na própria responsabilidade pelos próprios atos, uma sociedade de valores Conservadores se fortalece e não cai nas conversinhas progressistas, logo, não fica indefesa e não se torna presa fácil, não cai na frágil tentação de querer ser deus. Por outro lado, os progressistas agem como seres demoníacos, pois acreditam na própria “bondade”. É como se o diabo dissesse que acredita na bondade advinda dele mesmo, mas sendo ele o senhor das trevas, causador de toda a maldade no mundo, certamente que o diabo (como metáfora de representação do mal) está sempre disposto a tudo para ser reconhecido como sendo um tipo falso de deus, certamente se referindo a uma suposta bondade que o próprio diabo não possui. Mas, sendo o que ele é, ele está sempre disposto a tudo, nem que para isso tenha que praticar o mal a quem quer que seja que negue sua suposta superioridade, e chamar a si mesmo de bondade é o seu lugar comum. O processo de contradição já está garantido na largada, mas esse ensaio não é sobre o demônio e nem sobre a metáfora do que a palavra “diabo” pode representar, é sobre a humanidade, sobre pessoas que precisam acreditar em alguma coisa em demasia, sem razão de ser senão por desespero, nem que para isso tenham que negar a si mesmas, assim, fica fácil para o mal se espalhar, a relação da realidade com o ato se perde por completo, restando apenas a impressão de que as pessoas estão seguindo o bem, quando na verdade não passam de cordeirinhos demoníacos a serviço do mal. Então, como saber se estamos ou não no caminho certo?
A primeira questão é aceitar a ideia de que não somos capazes de reconhecer em nós mesmos se estamos ou não em Estado de Graça, logo, somente depois de um tempo é que saberemos se nossas ações foram realmente boas ou não, não basta ter apenas uma frágil intenção de bondade, o resultado de nossas ações deve ser potência e ato de bondade efetiva, não basta ser apenas algo imaginativo, fantasioso. Ao olhar para os resultados, identificar se há de fato respeito à vida, assim as chances aumentam em muito, se há respeito às liberdades, se há respeito ao direito de autodefesa, respeito às leis justas (naturais), direito à propriedade, ao livre pensamento. Todas essas questões ajudam a termos um mundo mais correto e decente. Todo ato de desrespeito à vida faz do restante da sociedade um potencial lugar de escravos, resultando em privilégios para pequenos grupos, favorecimentos, autoritarismos, totalitarismos, em que certamente haverá um ser “supremo”, sempre demoníaco, que vai decidir o que cada pessoa poderá ou não fazer com a própria vida. O que é um absurdo total! Assim, as palavras serão como a porta de entrada para um possível mundo terrível, selvagem, destruidor, demoníaco em essência, pois não haverá referente para o que o discurso do mal tenta apontar, é como falar do sol em um mundo de escuridão, sem o referente “Sol”, a vida estará perdida. Então não adianta tentar convencer as pessoas com palavras bonitinhas, quando o que está sendo dito nega a realidade, as palavras se perdem em achismos e ilusões. Não adianta falar em combate ao ódio enquanto prendem e matam pessoas. Não adianta falar em democracia enquanto rasgam a constituição (mesmo sendo uma péssima constituição cheia de falsos “direitos”). Não adianta falar em amor quando os atos progressistas são pura representação de ressentimento e inveja. Não adianta falar em liberdade enquanto pessoas inocentes são presas sem a devida investigação e sem o devido julgamento com amplo direito à defesa. Não adianta falar em estado de direito ao mesmo tempo em que a suposta vítima é a mesma pessoa que investiga e que manda prender. O discurso pode até convencer os mais ignorantes e seus asseclas, mas não pode enganar a bondade, a verdade, tampouco, não pode enganar a Deus.