Antes de você começar a ler esse texto fica aqui o desafio para que você seja capaz de ir até o final da leitura, caso contrário a teoria a que se propõe o artigo estará comprovada antes mesmo que você tome ciência do tema abordado.
Seu condicionamento comportamental é uma amálgama do que você aprendeu com seus pais, com seus irmãos e com seus parentes e amigos mais próximos, depois com o tempo também entra na equação o que você aprendeu na escola com seus professores, principalmente com o que você viu, presenciou, muito mais do que o que lhe foi ensinado com palavras, obviamente que as palavras possuem um poder enorme nesta questão, porém, até uma certa idade o que presenciamos com relação as pessoas do nosso convívio social mais próximo possui uma importância maior em nossa formação, depois de adultos essa questão vai lentamente perdendo em importância e as palavras começam a tomar peso frente ao que influencia a todos de maneira mais direta, mas tem também as questões impostas por meios como a televisão, filmes, novelas, noticiário, mídias sociais. Se você não estuda o sentido das palavras (significado e seus referentes), se você não conhece um pouco de filosofia e tem dificuldades em obter um silogismo verdadeiro (no sentido do uso da lógica bem aplicada), existe uma chance enorme de que você esteja seguindo o que “terceiros” querem que você siga, são esses fantasmas, essas pessoas distantes que vou chamar aqui apenas de “terceiros” que estão ditando o que você pensa, eles querem que você acredite que é você que está pensando o que antes eles já determinaram e querem que você continue assim a pensar do jeito deles, até mesmo os mortos estão ajudando nessa tarefa de “controle do pensamento”, como é o caso de alguns filósofos e escritores que não existem mais, porém, o legado filosófico deixado permanece por aqui, ainda está a determinar o que pensamos, mas o pior são os ditadores, gente sem caráter que apenas quer de você a obediência e todo o seu sangue.
É um pouco estranho porque você não percebe isso. De maneira geral nosso cérebro está programado para acreditar que é mais inteligente do que de fato é, de que todos nós somos mais capazes do que na realidade somos, de que todos nós acreditamos em nós mesmos como sendo mais “espertos” do que de fato somos. Você acredita nisso o suficiente para não se deixar ser enganado, mas não é assim que acontece, você está sendo enganado pelos outros, mas também por si mesmo, é tudo uma grande maçaroca de enganos, por “terceiros” e por nós mesmos (o auto engano é só uma pequena parte do processo). E tudo isso acontece debaixo do seu nariz, tudo o que está acontecendo a sua volta é falsificado, mesmo que a mentira ainda esteja prevalecendo, ainda assim o seu cérebro quer fazer você acreditar que não existem estes “terceiros”, que é você quem está no comando, quando muito você foi programado para pensar igual a quase todo mundo, logo não existe esse “você magnífico” de pensamento original e independente, é justamente o contrário, você e eu não passamos de uma cópia, de uma extensão de tudo o que já foi pensado para se repetir infinitamente. Até mesmo para definirmos o que é uma novidade temos enormes dificuldades, pois na maioria das vezes as novidades não passam de sensações (falsas sensações; é claro! E também é utilizada como ferramenta de manipulação, a manipulação pela “novidade”!), mais uma das inúmeras ilusões da mente, mesmo que você tenha algumas boas referências e muito raramente uma ideia original, no geral tem sempre um “Grande Irmão” te observando e pensando algo por você.
Nesse exato momento, você está pensando mesmo em abandonar esse texto, se é que a maioria das pessoas já não o abandonou logo no começo. Acontece que seu cérebro não quer acreditar que este texto possui algum fundo de verdade, pois estaríamos assim determinando o nosso esfarelamento cerebral enquanto unidade pensante, um certo exagero é claro, mas você pode mesmo descobrir que não está pensando por conta própria e que isso de fato é um grande problema que estará sendo estabelecido em sua mente; “como devo proceder para saber se penso ou não por conta própria?”. E caso isso faça algum sentido, “como devo proceder para reverter a situação?”. Ser capaz de fazer essas perguntas a si mesmo já é um bom começo.
Você foi exposto exaustivamente a um tipo de condicionamento operante onde seu comportamento foi modificado por meio de associações e consequências, ou seja, você foi exposto de maneira subliminar a ações voluntárias por meio de reforço ou punição, tudo inconsciente para que certos comportamentos se repitam, caso queira verificar o tema você deve estudar os trabalhos de B.F. Skinner em que o pesquisador defende que comportamentos voluntários são aprendidos e modificados por meio de uma ação que é realizada com forte probabilidade de que haja repetição por reforço ou diminuição por punição. Se um aluno é recompensado com algo por ter tirado notas boas e outro aluno for punido porque não estudou, o recado claro fica estabelecido, logo aqueles que não conseguiram boas notas tendem a perceber que o esforço gerou recompensas ou reconhecimentos (elogios, prêmios), enquanto que o contrário não, e que isso pode até gerar alguma punição (privação de algo desejável, perda de privilégio) como um castigo qualquer não desejado. O problema é que esses “terceiros” se utilizam destas informações para te manipular.
Agora que você conseguiu chegar até aqui, fica o convite para que você leia o texto intitulado como “Palavras” a fim de que você possa entender melhor o que foi proposto quanto ao questionarmos que somos apenas um eco dos pensadores que existem e que já existiram, isso quando não é nada incoerente concluirmos que não existem pensadores nos programas de televisão e nas mídias socias, mas sim apenas manipuladores e replicadores de sinais velhos e desconfigurados de sentido e propósito específicos ditando nossos comportamentos para manter um status quo de sabe-se lá quem?!
Democracia, democracia, democracia. Pegou?