(Muitos não vão entender este texto, outros tantos não vão nem tentar ler, a verdade é que vivemos em um tempo em que as pessoas não leem, não estudam, mas todos têm opinião a respeito de tudo).

Barrabás continua sorrindo!

Quanto mais você tiver uma visão distorcida da realidade, mais fácil vai ficar a vida dos psicopatas que só querem te dominar.

Antes de darmos sequência a esse tema, vamos reforçar aqui a ideia de que o mundo é um lugar imperfeito onde vivem pessoas imperfeitas, e todas as tentativas ideológicas de criar o paraíso na terra deram e continuam dando errado; logo, vale reforçar que a experiência de vários séculos de história humana certamente vale mais do que qualquer demoniozinho metido a deus fingindo que quer resolver os problemas do mundo, sendo que não conseguem sequer organizar a própria vida.

Uma parte dessa lavagem cerebral está em te fazer acreditar em um suposto mal que pode fazer o dinheiro. Se você não fizer o exercício correto de tentar sempre entender como poderia ter sido o mundo sem a criação do dinheiro, você dificilmente conseguirá ter uma mínima ideia de como seria a nossa realidade, certamente ainda mais selvagem, pois o dinheiro é um tipo de mediador dos interesses. Assim, se não existisse o dinheiro, o que teriam colocado no lugar? Um déspota?! Um ditador? Um falso deus?!

Vale a pena reforçar outro ponto muito importante: uma arma não mata pessoas, quem mata pessoas são outras pessoas, são os que puxam o gatilho que matam pessoas. As armas paradas em um canto qualquer não matam ninguém, salvo raríssimas exceções de um disparo acidental sem a ação de humanos. Assim, é a questão do dinheiro; o que faz mal é o fetiche humano pelo dinheiro, o desespero pelo dinheiro, a ambição desenfreada por coisas materiais conquistadas por meio do dinheiro, não o dinheiro em si. Ninguém nunca viu o dinheiro atirar em ninguém!

Mas, antes de continuarmos, vamos entender um pouco quanto à verdadeira função do dinheiro em nossa sociedade.

Ao conseguirmos um meio intermediário para estabelecer valor entre o produto produzido e o produto desejado, a humanidade conseguiu assim solucionar o problema das trocas. Uma pessoa que precisava apenas de meia dúzia de batatas pôde assim conseguir apenas o necessário, e não mais ter que dar um bezerro por um saco de batatas, sendo que por muitas vezes uma quantidade menor seria o suficiente. O dinheiro resolve também a questão das proporções e dos interesses, desta maneira, o mesmo produtor de batatas consegue também atingir um número maior de pessoas.

Se você odiar a riqueza, jamais se tornará uma pessoa rica. Não é o caso de amar e nem de odiar a riqueza, mas simplesmente de ter a capacidade de desfrutar do que lhe for possível a cada momento, sem nem odiar e nem amar nada ligado a ficar rico ou não.

Vontade – a cada instante uma pessoa qualquer está por todos os momentos de sua vida desejando algo, a vontade humana é algo de difícil resolução, de satisfação improvável, pois assim que algo é alcançado já estamos a pensar que desejamos outras coisas. A questão da vontade humana como ferramenta de controle e escravização por terceiros é uma jogada de mestre dos manipuladores, tem gente que é capaz de matar em nome de um desejo ou de sua frustração. Assim, eles conseguem te fazer de marionete enquanto você não percebe que, por muitas vezes, está gastando energia por coisas das quais nem precisa, e nem deseja de fato, ou mesmo porque são tão supérfluas que, mesmo as conquistando, você continuará se sentindo deprimido, pois o troço, ao mesmo tempo em que é inútil, também é sem propósito realista.

Fantasia – De um modo geral, outro ponto fundamental de manipulação da população a fim de controlar a tudo e a todos está na visão propagandeada por meios midiáticos com relação ao incentivo de fantasiar a própria existência humana. Quanto mais fantasiosa for sua visão de mundo, menores serão as suas chances de melhorar de vida. Ficar sonhando com coisas que ao menos para hoje são impossíveis ou inacessíveis a curto prazo só vai fazer com que você permaneça frustrado e gaste suas energias e recursos em subterfúgios inúteis. Se você não sabe de onde se originaram seus sonhos, é porque talvez não tenha sido mesmo você quem os escolheu, mas sim um grupo de manipuladores que querem te enfraquecer e que estão determinando o que você pode e deve pensar. Ficar de fora da realidade faz com que você fique distraído com coisas sem sentido enquanto seus concorrentes estão conseguindo avançar mais rápido, melhor e mais profundamente do que você. O veganismo é um desses temas, pessoas fracas são mais fáceis de serem dominadas. Pessoas que comem carne tendem a ser mais fortes e mais capazes de raciocínios lógicos, não chegamos até aqui comendo capim. Fantasiar e politizar a comida é um dos processos de dominação, o que não exclui os problemas de criação de animais para abate, a eliminação de um problema não significa necessariamente que os abusos aos animais não existam, infelizmente existem sim, e devemos encontrar meios saudáveis e dignos para a criação de animais para alimentação.

Negação da realidade – a grande maioria das pessoas não se interessa pela verdade, as pessoas gostam de fazer parecer que sim, mas, no fundo, as pessoas estão interessadas é mesmo na mentira, a verdade, por muitas vezes, é cruel, bruta e não atende às necessidades fantasiosas das pessoas. Negar a realidade faz com que muita gente deixe de lado a consciência de que boa parte das coisas que acontecem em suas vidas está diretamente ligada à própria falha. Somos seres imperfeitos e nem sempre produtivos, quando não somos eficazes, temos uma predisposição em negar nossas próprias falhas. A mentira e a fantasia são mais sedutoras do que uma verdade cruel, assim, não é difícil encontrar quem prefira acreditar em coisas absurdas e que ainda se utilizam de certos acontecimentos como desculpas esfarrapadas a fim de justificar as próprias derrotas.

Falta de maturidade – diante da falta de maturidade em assumir nossas próprias responsabilidades, quando nos vitimizamos, na verdade, o que estamos a fazer é limitar o poder de nossas ações, além de deixar a guarda baixa a fim de que os outros levem vantagens sobre nós. Não há nada mais terrível do que um ser humano que sinta dó de si mesmo, quanto mais que tenha medo de ser vitorioso. Então, o discurso de vítima é meio que um tipo de isenção: “A culpa é do mundo”, “O mundo é indigno comigo”, uma muleta, uma desculpinha furada. Assim, a culpa de tudo e de todos está sempre nos outros, menos em nós mesmos.

Desinteresse pela verdade – o mito da caverna de Platão possui inúmeras interpretações, essa metáfora de pessoas presas dentro de uma caverna reflete o medo pela verdade. Assim, quem está dentro não quer saber senão daquilo a que já está acostumado. Se uma pessoa sai dessa falsa realidade para conhecer o mundo do lado de fora e, ao retornar, tenta revelar a verdade aos que ficaram presos a certos conceitos, estará correndo sérios riscos. Qualquer um que tente isso será apedrejado, morto, solapado em suas iniciativas, uma simples tentativa de busca pela verdade já pode ser algo susceptível a sofrer críticas e retaliações. No mundo de hoje, as pessoas que determinam quais serão essas falsas verdades estão no controle das grandes mídias, das redes sociais e do acesso ao poder político e institucional do Estado. Possuem o poder de influência e até mesmo do uso das “leis” e da violência estatal contra quem não segue a cartilha deles. 

Desprezo pelo conhecimento – faz parte deste terrível processo uma mudança cultural sorrateira, lenta e perniciosamente bem elaborada e bem executada, que é a de ojeriza pelo conhecimento, pela intelectualidade, qualquer um que não rezar pelas cartilhas ideológicas das universidades, do mundo das artes, das mídias de um modo geral, serão execrados, tidos como “metidos”, metralhados por todos os lados pelos ignorantes que desprezam a verdade, mas antes de tudo desprezam o saber, desprezam o conhecimento, tudo vira uma seita, uma falsa religião (tipo, como um clubismo) de incentivo ao subdesenvolvimento intelectual, são como religiões sem deus, são homens sem alma que matam ou mandam matar em nome de coisas materiais das quais eles seguem de maneira religiosa, a religião da ciência, coisas aparência racional, mas que são totalmente emocionais, tudo não passa de um dogmatismo da ignorância em nome de uma falsa fé, de uma falsa sabedoria. O transcendentalismo da matéria faz jus ao legado do diabo, que não desiste nunca de querer ser o novo deus.

*P.S. – A questão do emotivismo vai ficar para outro momento.

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